A 4 de setembro, Michael Guggenberger vai dar início à “Golden Globe Race 2022”, uma regata sem escalas à volta do mundo, levando as sardinhas NURI, da Pinhais, a bordo.
O barco, que herdou o nome da sardinha, é um “Biscay” de 36 pés de comprimento da “Falmouth Boat Constructions”, de 1975, construído especialmente para a corrida. “A NURI, a “Golden Globe Race” e eu estamos unidos por valores como a tradição, paixão, qualidade, amor ao mar e, não menos importante, pelas mãos que com todo o cuidado e mestria relembram artes centenárias”, afirma Michael Guggenberger.
Além do abastecimento de alimentos para 10 meses, seguem livros, música e 300 latas de sardinha, que irão dar a volta ao mundo, mas não se destinam ao consumo durante a corrida, pelo que estarão disponíveis após a corrida numa edição especial limitada na loja online.
Desde 1920, que as sardinhas NURI são produzidas em Matosinhos, na Pinhais. A conserveira mantém o processo artesanal original, que se mantém inalterado ao longo do último século.
Na “Golden Globe Race”, 18 velejadores de várias nações distintas navegam 30 000 milhas, sem escalas, sozinhos e sem ajuda externa. Navegam sem a mais recente tecnologia, em barcos de quilha longa padrão, que foram projetados antes de 1988 e que têm entre 32 e 36 pés (9,75 a 10,97 metros) de comprimento.
A corrida terá início a 4 de setembro de 2022, em Les Sables-d'Olonne, na costa atlântica francesa. Desde 2015, Guggenberger tem vindo a preparar-se para o sonho da sua vida e agora é o primeiro capitão de um país de língua alemã, na longa história da corrida. A destacar que também, pela primeira vez, uma marca de conservas portuguesa marca presença na “Golden Globe Race”.
“A “Golden Globe Race” contrasta com as corridas oceânicas modernas e remonta à era de ouro da navegação a solo”, refere Michael Guggenberger. “A regata é navegada com sextantes em cartas de papel, o diário de bordo é escrito à mão e as condições meteorológicas são determinadas pelos próprios velejadores.”
Durante cerca de 300 dias, a corrida levará os velejadores de Les Sables-d'Olonne, passando pelas Ilhas Canárias até Trinidad, passando pelo Cabo da Boa Esperança, pela Austrália, Nova Zelândia e Cabo Horn, regressando depois ao Atlântico até Les Sables-d'Olonne.